terça-feira, 2 de julho de 2013

Psicose (Alfred Hitchcock - 1960)


Gritos! Sustos! Insegurança! Confusão! Choque! Essas, dentre outras, são as muitas reações que Psicose causa até hoje em todos os espectadores, a obra máxima de terror e suspense de todos os tempos, e uma das mais notórias das muitas obras primas de Alfred Hitchcock, o mestre do suspense. E é também um dos mais lucrativos filmes de todos os tempos, tendo sido feito com um baixíssimo orçamento, já que mesmo sendo o mestre do suspense naquele tempo, Hitchcock não obteve o apoio de ninguém para produzir esse clássico, e se viu obrigado a produzir o filme independentemente.
Na magnífica trama, uma secretária rouba 40 milhões de dólares (quantidade muuuuito mais alta naquele tempo, mas sabe como é a inflação) e foge, em meio de uma tempestade se vê obrigada a parar em um precário motel de beira de estrada, onde conhece o dócil Norman Bates e sua terrível mãe. O que não sabia é que passaria por momentos de muito terror naquele motel, e o que vem em seguida deixará não só aos personagens do filme chocados, quanto os espectadores em si.
Uma senhora idosa assassina?? Uau! É uma de muitas surpresas que Psicose nos traz.                                                               

Janet Leigh imortalizando o maior grito da história do cinema.



A cena mais conhecida de toda a história dos filmes de terror!

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Chaplin (Richard Attenborough - 1992)

Uma homenagem ao grande ídolo do cinema mudo, o maior gênio da comédia em um filme emocionante de Richard Attenborough (que também realizara a maravilhosa cinebiografia de Gandhi), com uma fabulosa interpretação de Robert Downey Jr.





O filme conta de maneira tocante e emocionante a história do maior gênio da comédia no cinema, desde sua infância pobre, quando foi afastado de sua mãe e irmão por motivos da insanidade mental desta (que é interpretada por Geraldine Chaplin, que é na verdade filha de Chaplin), passando para a viagem aos EUA, onde seu talento teatral abriu portas para seu trabalho no cinema, ainda em 1914 e o início e ascensão de sua carreira como cineasta, onde suas críticas sociais em meio a seus filmes levaram a sua expulsão dos EUA e o recebimento de um Oscar.

Belíssima trilha sonora, excelentes atores, bom figurino e direção segura fazem desse filme baseado na autobiografia de Charlie Chaplin uma digna homenagem ao gênio da comédia.


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O Grande Ditador (Charlie Chaplin - 1940)


Meu, o mundo é meu!!
Obra prima magnífica de Charlie Chaplin, e para mim, empata com Luzes da cidade como meu filme favorito do grande gênio da comédia. Como sempre, neste filme Chaplin conta uma história triste de modo alegre e bem humorado, porém desta vez recheado de críticas, e muito bem direcionadas. Em seu primeiro filme falado (já que não podia ficar de fora), Chaplin aproveita todos os recursos possíveis para, em plena segunda guerra mundial, ridicularizar de todos os modos, o terrível opressor Adolf Hitler, com seu ditador Adenoyd Hinkel, que em tudo se parece com Hitler. Embora Carlitos já não existisse mais, notamos uma grande semelhança no personagem do barbeiro judeu, que é de fato Carlitos, entrando no fim de sua era.
Na trama um barbeiro judeu, herói da primeira guerra mundial é internado em um hospital até recuperar sua consciência, quando finalmente acorda, descobre que o mundo está em uma segunda guerra mundial, e que por razão de sua etnia judaica é tratado como um lixo, em razão do ódio do grande ditador de Tomânia, Adenoyd Hinkel.


Satirizando principalmente a Hitler e o nazismo, mas também o fascismo de Mussolini, com o ditador da Bactéria: Napaloni, o filme fez de Chaplin um gênio da noite pro dia, quando os que admiravam o nazismo mudaram de idéia, devido ao início da 2a Guerra Mundial. Dizem que Hitler ordenou uma cópia do filme, queria ter visto a cara dele.


O mundo é meu!! Não, é meu!!

Tanto como uma relíquea do cinema, quanto uma reliquea histórica, esse filme tem alto valor e prova mais uma vez o quão grande era a genialidade de Chaplin, Nota 10

Ah vamo espalhá o ódio, toca aqui!!

A cena final é magnífica, a partir desse momento, não é mais o barbeiro judeu que fora confundido com Hinkel que está falando, mas sim o próprio Charlie Chaplin que está mandando uma crítica bem direcionada tanto a Hitler, quanto para Mussolini e para qualquer outro opressor em questão, é uma coisa pessoal e profunda, tocante!



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Mulher Na Lua (Fritz Lang - 1929)






Novamente Fritz Lang se mostra um incrível visionário do mundo do cinema nesse clássico fabuloso que preveu com muitos detalhes científicos a viagem a lua, isso 40 anos que esta acontecesse de fato! Embora seja hoje um filme um tanto longo e muito teórico, qualquer um que sabe ver o filme com os olhos da época em que foi lançado vai achar esse filme magnífico, tanto em efeitos especiais, quanto em roteiro, cenários e tudo, no bom estilo perfeccionista de Fritz Lang. Pra mim, Lang nasceu pra definir a Ficção Científica (coisa que ele fez, com Metrópolis e esse clássico aqui), mas infelizmente a experiência não obteve sucesso em seu tempo, principalmente por serem filmes a frente do tempo, e porque incomodavam pessoas poderosas, como esse clássico, que incomodou profundamente os nazistas, que planejavam algo similar a viagem desse filme... e, pessoalmente (minha opinião), creio que o homem que se intitulava Walt Turner era em realidade um nazista, vejo uma certa semelhança entre ele e o famoso Hitler, mas não passa de opinião.

Inclusive o foguete se parece com os foguetes que vieram futuramente.

                         
Na trama um professor falido e considerado louco estuda a hipótese de que haja ouro na superfície lunar. Um bom tempo depois, sua teoria é finalmente aceita pela sociedade científica que deseja promover uma viagem a lua. Os estudos estão preparados e o veículo para viajar a lua construído (um foguete), porém o projeto é sabotado por um grupo científico que quer se juntar e receber parte dos ganhos, com a chantagem de destruir o projeto, caso não seja aceito. Sem escolhas, os cientistas se juntam e realizam a fabulosa viagem a lua. Lá o professor comprova sua teoria encontrando ouro na superfície lunar, porém o isolo faz com que lentamente cada um se desespere e enlouqueça, quando a loucura e a ganância fazem com que se matem entre eles.

No início o filme é longo e demorado, pouca coisa acontece e parece que ele não melhora de modo algum, porém a partir do momento em que a viagem a lua começa, pode-se ver como o filme é incrível, os efeitos visuais são ótimos, como quando passam por cima da lua até que esta tape o planeta Terra. As informações científicas são o que muito me chamam a atenção, embora hajam umas falhas, como a superfície lunar ter oxigênio, e haver gravidade, o filme fala sobre os campos gravitacionais, sobre o mecanismo do foguete, em um certo momento no espaço, há a ausência da gravidade, e o Professor desce do foguete com roupa espacial, porque de fato não se sabia se havia ou não oxigênio na Lua.
Tanto como obra prima da ficção, quanto como relato científico, esse filme merece destaque total, e é mais uma das incríveis obras primas de Fritz Lang, que infelizmente caiu no esquecimento. Recomendo a todos.

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Em Busca do Ouro (Charlie Chaplin - 1925)

Uma comédia dramática, o filme pelo qual Chaplin queria ser lembrado.
A primeira grande obra prima de Chaplin foi também o primeiro filme dele que vi, tenho até hoje em VHS, é mais outro filme perfeito do grande gênio, com cenas de fazer morrer de rir, apesar da tristeza da situação, marca especial do grande Chaplin.

É sapato, ta servido?

Na trama, o famoso Carlitos, no ano de 1898 participa da corrida do ouro em uma região montanhosa muito fria, dentre uma tempestade de neve, acaba por ficar preso em uma cabana com o gordo Kay, enquanto o terceiro companheiro de cabana vai em busca de alimentos. Isolados do mundo e sem comida, passam desespero e começam a ter alucinações, o que culmina numa divertida e triste cena onde Carlitos cozinha seu próprio sapato para comerem.

Ta faltando comida e ele ta brincando com os pães??



A casa caiu.

O filme tem duas versões, a original muda de 1925, e outra narrada por Chaplin, produzida nos anos 40.
A muda é melhor, sem sombra de dúvidas, mas o filme é imperdível de qualquer modo.
Nota 10

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Monsieur Verdoux (Charlie Chaplin - 1947)



Monsieur Verdoux é uma anomalia na obra de Chaplin, um filme mais denso, obscuro e macabro... O chamado humor negro. Comprado de uma idéia de Orson Welles, Monsieur Verdoux é baseado na vida de um homem que realmente existiu, Henry Landru, que foi condenado à guilhotina. O filme mantém a estrutura típica de Chaplin, uma história triste recheada de bom humor e de confusões... Embora neste filme as situações sejam um pouco diferentes de seus outros filmes, e o final seja inesperado para os fãs de Chaplin.

Fala se não é daí que veio o Inspetor Closeau?

Na trama, Henry Verdoux é um homem sedutor e apaixonante de meia idade que seduz e apaixona as mulheres ricas e solteironas de meia idade, perdidamente apaixonadas, elas logo aceitam se casar com Mr. Verdoux. O que não sabem é que em realidade Verdoux é um serial killer que mata suas esposas e logo fica com seu dinheiro. Apesar de tamanha barbaridade, não é possível odiar Verdoux como se fosse um vilão, pois mais uma vez, Chaplin apresenta uma crítica social à crise (já vista uma vez em Tempos modernos, porém agora mais explícita e pesada), no qual Henry tem uma família, sua mulher e seu filho, e diante da miséria e do desemprego, é o único modo de poder sustentá-los.

"Óh querrida, tu erres tão lindja!!! (sqn)"

"Isso mon ammour, bebe tudinho, faz bem prra saúde"

Chaplin descreveu esse como seu filme mais inteligente, e, de fato, é um filme em que vemos uma genialidade totalmente nova do grande gênio, um humor mais perverso e cruel, mais ácido, uma crítica muito mais forte e explícita, na qual podemos declarar essa uma nova fase de Chaplin, e já mais nada sobra do antigo Carlitos. Não considero esse um dos melhores filmes de Chaplin, embora com certeza seja um excelente filme, e recomendável a todos que gostem de um bom humor e uma crítica social pesada.Nota: 8




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